quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Qualidade de vida em foco


Melhora na autoestima, no equilíbrio e na flexibilidade são alguns dos benefícios trazidos pelas Práticas Integrativas de Saúde (PIS). Implantadas na Secretaria de Saúde do Distrito Federal desde 2006, já são oferecidas gratuitamente por 48% das unidades assistenciais da rede do Serviço Único de Saúde do DF (SUS-DF). A meta é de que até 2015, sejam alcançadas 80% das unidades. As PIS são sistemas e recursos terapêuticos que buscam formas naturais de prevenir doenças, além de melhorar a saúde das pessoas, integrando o físico, afetivo e mental.

Atualmente, são ofertadas 15 modalidades. Entre elas estão a Acupuntura, Automassagem, Homeopatia, Lian Gong, Tai Chi Chuan e Terapia Comunitária. De acordo com a Gerência de Práticas Integrativas de Saúde (Gerpis), o objetivo das atividades é promover alternativas inovadoras que contribuam socialmente para o desenvolvimento da comunidade.

Uma das cidades satélites que disponibilizam as PIS é Sobradinho, localizada a cerca de 25 km de Brasília. A coordenadora regional das práticas integrativas na cidade, Celma dos Santos, explicou que os exercícios servem para trazer harmonia, qualidade de vida e socialização das pessoas. “Podemos perceber mudanças físicas, espirituais e sociais nos praticantes”, conta.

A coordenadora Celma informou que com exceção da acupuntura e homeopatia, onde o atendimento deve ser agendado e realizado por médicos, o acesso às demais PIS não tem limitações. “Basta aparecer nas rodas de encontro. Quanto mais gente, melhor”, frisa.

Segundo a Gerpis, os profissionais concursados como médicos homeopatas e acupunturistas, e os que tenham formação ou habilitação específica em alguma das práticas podem atuar com PIS na SES-DF. Essas pessoas são chamadas de facilitadores.

A enfermeira e facilitadora Nívia Gláucia de Morais, 52 anos, contou sobre o trabalho realizado. “É muito gratificante ver a integração dos alunos. Há um ganho visível, principalmente na autoestima dessas pessoas”, relata. Segundo ela, quando chega para iniciar os exercícios, o carinho com que a recebem, não há dinheiro que pague. "É o que chamo de salário afetivo”, revela a enfermeira.

Grupo de encontro


A aposentada Maria do Socorro Rosa, 74 anos, frequenta aulas em Sobradinho II, há quase um ano. “Eu tinha uma dor nos meus braços, punhos e joelhos, mas com as atividades fiquei ótima”, conta.

Para a dona de casa, Edna de Souza, 41 anos, o dia de encontro do grupo é um momento de alegria. “Às vezes a gente chega triste, mas a tristeza logo vai embora”, disse. Edna está indo pela quinta vez, mas revelou que quando não faz os exercícios já sente falta. “Aqui a gente esquece os problemas e as dores passam”, desabafa..

O maior público é formado por mulheres e idosos. De acordo com a coordenadora Celma dos Santos, cerca de 60 pessoas já frequentam as aulas em Sobradinho. A automassagem é a modalidade com maior público que abrange cerca de 40 pessoas, segundo a coordenadora.

Publicada no portal Alô Brasília dia 10/12/2012.

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