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Foto: Divulgação |
“Respeitável público, atenção que o espetáculo vai começar!” Quando se
fala em circo, logo se pensa em uma lona gigante, com arquibancadas e
variadas atrações que divertem e impressionam quem assiste. Os circos
existem no Brasil desde o século XIX e eram uma das únicas opções de
lazer e cultura na época. Embora tenha que competir com outras formas de
diversão atuais, ele ainda é opção para muitas pessoas.
O estudante Laércio Junior, 24 anos, disse que sempre que possível leva
a filha aos circos. “Eu acho importante para o desenvolvimento da
criança”, disse. O pai contou que durante os espetáculos, a pequena nem
pisca. A advogada Renata Campelo, 37 anos, acredita que ir a uma
apresentação circense faz parte de um costume que passa por gerações.
“Nenhuma outra opção terá a magia de um espetáculo de circo”, ressaltou.
Ela disse que os sobrinhos preferem ir aos circos do que, por exemplo,
ao cinema.
Hoje, o circo não se limita às lonas. Os artistas circenses estão
levando essa arte também para as ruas. Fundada em 2004, a Cia. de Circo
Rebote, composta por Erika Mesquita e Atawallpa Coello, se apresenta em
teatros, mas o foco é nas avenidas das cidades. “É uma forma de
incentivar a ocupação dos espaços públicos que devem ser aproveitados
para a arte”, destacou Erika. Ela apontou que é a oportunidade daquelas
pessoas que não podem ir a um teatro de poder ter contato com a magia do
circo.
Erika é apaixonada pelo que faz. “O circo é minha vida. Eu me alimento
do riso das pessoas”, revelou. Para ela, há uma troca entre o artista e o
público. “Ao mesmo tempo em que a gente leva, também recebe de quem
assiste”, explicou. A artista é formada em teatro e dança e contou que
se interessou pela arte circense, pois nela há a possibilidade de
misturar todas as vertentes artísticas.
Incentivo para as trupes
A Fundação Nacional de Artes (Funarte) oferece o Prêmio Carequinha de
Estímulo ao Circo. Esse projeto realiza uma seleção entre companhias,
empresas, trupes ou grupos circenses e destina recursos para os
vencedores com o objetivo de viabilizar os projetos das artes nas
diversas regiões do país. Compra de novos equipamentos, produção de
espetáculos e realização de pesquisas na área são algumas das atividades
apoiadas pelo prêmio.
A Associação Brasileira de Circo (Abracirco) é uma entidade que tem o objetivo de ajudar todos os circos do Brasil. Eles prestam auxílios técnicos, artísticos e até em relação a problemas de documentação. Segundo o tesoureiro Nicolas Condoyannies, mais de 500 artistas estão filiados e sobre o incentivo à arte, ele informou que são feitos via edital.
Publicada no jornal Alô Brasília no dia 20 de janeiro de 2013.
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