quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Tradição da alegria

Foto: Divulgação
“Respeitável público, atenção que o espetáculo vai começar!” Quando se fala em circo, logo se pensa em uma lona gigante, com arquibancadas e variadas atrações que divertem e impressionam quem assiste. Os circos existem no Brasil desde o século XIX e eram uma das únicas opções de lazer e cultura na época. Embora tenha que competir com outras formas de diversão atuais, ele ainda é opção para muitas pessoas.

O estudante Laércio Junior, 24 anos, disse que sempre que possível leva a filha aos circos. “Eu acho importante para o desenvolvimento da criança”, disse. O pai contou que durante os espetáculos, a pequena nem pisca. A advogada Renata Campelo, 37 anos, acredita que ir a uma apresentação circense faz parte de um costume que passa por gerações. “Nenhuma outra opção terá a magia de um espetáculo de circo”, ressaltou. Ela disse que os sobrinhos preferem ir aos circos do que, por exemplo, ao cinema.

Hoje, o circo não se limita às lonas. Os artistas circenses estão levando essa arte também para as ruas. Fundada em 2004, a Cia. de Circo Rebote, composta por Erika Mesquita e Atawallpa Coello, se apresenta em teatros, mas o foco é nas avenidas das cidades. “É uma forma de incentivar a ocupação dos espaços públicos que devem ser aproveitados para a arte”, destacou Erika. Ela apontou que é a oportunidade daquelas pessoas que não podem ir a um teatro de poder ter contato com a magia do circo.

Erika é apaixonada pelo que faz. “O circo é minha vida. Eu me alimento do riso das pessoas”, revelou. Para ela, há uma troca entre o artista e o público. “Ao mesmo tempo em que a gente leva, também recebe de quem assiste”, explicou. A artista é formada em teatro e dança e contou que se interessou pela arte circense, pois nela há a possibilidade de misturar todas as vertentes artísticas.

Incentivo para as trupes

A Fundação Nacional de Artes (Funarte) oferece o Prêmio Carequinha de Estímulo ao Circo. Esse projeto realiza uma seleção entre companhias, empresas, trupes ou grupos circenses e destina recursos para os vencedores com o objetivo de viabilizar os projetos das artes nas diversas regiões do país. Compra de novos equipamentos, produção de espetáculos e realização de pesquisas na área são algumas das atividades apoiadas pelo prêmio.


A Associação Brasileira de Circo (Abracirco) é uma entidade que tem o objetivo de ajudar todos os circos do Brasil. Eles prestam auxílios técnicos, artísticos e até em relação a problemas de documentação. Segundo o tesoureiro Nicolas Condoyannies, mais de 500 artistas estão filiados e sobre o incentivo à arte, ele informou que são feitos via edital.

Publicada no jornal Alô Brasília no dia 20 de janeiro de 2013.

Nenhum comentário:

Postar um comentário