quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Benefícios que vão além de emagrecimento



Foto: Divulgação



    Óleo de coco. Esse é um dos nomes da mídia nos últimos meses. Mas, afinal, para que serve o óleo de coco? Ele é realmente eficaz? A nutricionista do Centro de Saúde número 03 de Sobradinho II, Renata Miranda, conta sobre o trabalho com esse alimento.

    O óleo de coco é considerado um alimento funcional, ou seja, promove benefícios que vão além de uma simples função nutricional.  Renata conheceu o óleo de coco em sua pós-graduação em nutrição funcional e há dois anos tem receitado a seus pacientes. “Constatei a redução da circunferência abdominal, melhora na saciedade e melhora do lipidograma”, afirma. Lipidograma é a dosagem dos quatro tipos principais de gorduras: colesterol total, HDL-colesterol, LDL-colesterol e triglicerídeos.

    Vale ressaltar que sem aliar o uso do óleo de coco a hábitos de vida saudáveis, o alimento não terá grande efeito. “É necessário também o fracionamento das refeições, redução da ingestão de alimentos ricos em açúcar e gordura, redução da carga glicêmica da dieta e prática de atividade física regular”, destaca a nutricionista.

    O óleo de coco não é um medicamento, mas sim um complemento alimentar. Pode ser encontrado em sua forma líquida ou em cápsulas. Os valores do produto variam entre R$ 18,00 e R$ 80,00, lembrando que são vendidos com conteúdo líquido de 200 ml e 500 ml e, quando em cápsulas, os frascos podem conter de 60 a 180 cápsulas.

   Por ser um produto com um valor não muito acessível, Renata conta que muitos de seus pacientes têm comprado o óleo de coco de babaçu por ser mais barato, porém “o óleo tem que ser extra-virgem, extraído a frio e tem que ser do coco, e não do coco de babaçu”, ressalta.

   O óleo de coco auxilia na elaboração de uma alimentação rica e saudável, e por esse motivo, tem chamado a atenção de pesquisadores, nutricionistas e consumidores.

    A abordagem feita pela reportagem sobre o uso do óleo de coco em restaurantes naturais do Plano Piloto em Brasília, apontou que a adesão ainda é baixa. De dez restaurantes entrevistados, somente dois utilizam o alimento. E quando utilizado, é apenas na preparação de um bolo, por exemplo.

    Em geral, os resultados obtidos com a utilização do óleo de coco tem sido positivos. “Eu faço outras mudanças na alimentação dos pacientes, então não posso afirmar que as melhoras se devem, de fato, ao uso do óleo de coco”, explica Renata.


 De vilão a herói

    O óleo de coco é um derivado da massa de coco, rico em gorduras saturadas. A gordura bruta do coco era muito utilizada no passado, mas os alimentos que eram ricos em gorduras saturadas foram considerados capazes de promover a elevação do colesterol, bloqueio das artérias e doenças cardiovasculares. Assim, o óleo de coco se tornou um grande vilão.

    Recentemente, em uma pesquisa realizada na Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, o óleo de coco foi adicionado às refeições dos participantes. Eles não só apresentaram uma perda significativa de peso, como perderam sete vezes mais a gordura abdominal do que os outros que não utilizaram.

    É rico em gorduras trans e possui alto teor de ácidos graxos de cadeia média, que são os ácidos láuricos, idênticos aos encontrados no leite materno. Uma dieta rica em óleo de coco não aumenta o colesterol,uma vez que, ele tem a propriedade de aumentar a fração HDL do colesterol, ou seja, o colesterol bom.

    É um alimento complementar com propriedade benéfica para a saúde. Fortalece o sistema imunológico, facilita a digestão e a absorção de nutrientes. Pode substituir os demais óleos de cozinha por ser capaz de suportar altas temperaturas, sem sofrer modificação em seus componentes nutricionais.


 Obesidade cresce no Brasil

    O levantamento realizado pelo Ministério da Saúde aponta que a proporção de pessoas acima do peso no Brasil avançou de 42,7%, em 2006, para 48,5%, em 2011. No mesmo período, o número de obesos subiu de 11,4% para 15,8%.Os números são da última pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel 2011) em parceria com o Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo.

   De acordo com o Portal Endocrino, dirigido pelo doutor Leandro Diehl, a obesidade foi reconhecida como sendo uma doença, devido aos múltiplos problemas que pode acarretar à saúde das pessoas.

   Apesar de apenas uma pequena proporção dos casos de obesidade ser provocada por excesso ou deficiência de alguns hormônios, o tratamento dessa condição pertence ao endocrinologista, pois a obesidade é acompanhada frequentemente de outras doenças endócrinas, tais como a diabetes, os transtornos do colesterol e a síndrome dos ovários policísticos.

   Os endocrinologistas são médicos treinados para reconhecer e tratar problemas hormonais, ajudando a restabelecer o equilíbrio natural dos hormônios do corpo humano.

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